sábado, 10 de dezembro de 2011

Texto complementar: O Rio de Janeiro na época de dom João


Com a chegada da família real portuguesa e seus 15 000 acompanhantes, a vida no Rio de Janeiro sofreu grandes mudanças. É o que nos relata o texto que segue.


            Nessa época, a cidade oferecia poucas distrações: as famílias ricas iam a espetáculos, embora fossem de má qualidade, freqüentavam bailes familiares e os homens, reuniões de jogo. Praticamente não existia a vida noturna por causa da falta de iluminação.           Nas procissões e nas festas religiosas, toda a população da cidade tomava parte.
            Quando foi inaugurado o Passeio Público, algumas famílias logo o transformaram em ponto de encontro entre parentes e conhecidos que lá se reuniam à tardinha para contar os fatos do dia e as últimas notícias.
            Esse tipo de vida calma e aparentemente sem preocupações foi de um dia para o outro revolucionado pela chegada da família real portuguesa e toda a sua corte. Para atender às exigências, foram logo construí das novas casas e reformadas as existentes. Os balcões fechados com madeira trançada, as rótulas, começaram a ser substituídos por janelas com vidraças. Começaram a aparecer também residências isoladas, longe do centro, em meio a jardins, com muitas árvores e gramados.
            Seguiu-se toda uma série de modificações introduzidas pelos comerciantes vindos sobretudo da Inglaterra e da França, após a abertura dos portos. No centro da cidade, na rua do Ouvidor, instalaram-se inúmeras lojas cheias de artigos europeus e orientais, dos mais finos. Surgiram livrarias, perfumarias, tabacarias, lojas de calçados, oficinas de costureiras e de modistas, salões de barbeiros e cabeleireiros. Tudo isso foi modificando, aos poucos, gostos, hábitos e costumes da população, introduzindo na cidade noções de conforto desconhecidas até então.
            Para assegurar o progresso material foi necessário um número maior de pedreiros, carpinteiros, ferreiros, de pessoas, em suma, especializadas em vários ofícios; daí foi surgindo aos poucos uma nova camada social, a pequena classe média, intermediária entre os escravos e os ricos e nobre.
            As famílias de posses começaram a dar maior importância ao interior das casas, às peças de mobiliário, à decoração dos cômodos e, o que é importante, também aos trajes cotidianos e caseiros. Guarda-roupas e cômodas ocuparam os lugares tomados antes por arcas e baús.
            Consoles, pianos, poltronas, sofás, lustres, grandes espelhos foram importados de Londres e de Paris; na mesa tornou-se usual a louça inglesa e nas residências mais ricas adotaram-se banheiras em substituição às tinas para banho.
            A presença da corte portuguesa no Rio de Janeiro ofereceu à população oportunidades várias de divertir-se: festas, comemorações cívicas, procissões, desfiles, espetáculos teatrais mais freqüentes, concertos. A mulher pôde sair de seu isolamento, de seu mundo restrito a tarefas domésticas; nas residências particulares havia saraus, com recitais de piano e canto, danças e jogos; os parentes e vizinhos começaram a visitar-se com mais freqüência.
            A cadeirinha foi proibida de ser usada no centro da cidade para facilitar a passagem de veículos. Nas ruas, além dos coches e das seges, começaram a circular carruagens puxadas por cavalos. A cidade foi se tornando, assim, mais colorida, mais alegre e mais comunicativa.
            Com o aprimoramento do gosto, dos hábitos e dos costumes houve também um aprimoramento cultural, através de novas escolas elementares, médias e superiores abertas não só no Rio como também em outras capitais de província. A imprensa difundiu-se e os livros começaram a circular fazendo crescer o interesse pela cultura e pelos estudos.
            Daí por diante, os filhos de senhores de engenho, dos fazendeiros e dos estancieiros vieram educar-se nos centros urbanos e, aos poucos, as capitais das províncias se modificaram sob a influência das transformações do Rio de Janeiro. Mas o Rio, como capital do Império, será o pólo de atração dos grandes proprietários de terras que, após a independência, ocuparão os cargos políticos de maior projeção.
                                                                                 
                                                           Sérgio Buarque de Holanda, História do Brasil.
                                                           São Paulo, Nacional, v.1, p.148-50

Questões sobre o texto.

[ 1 ] Como era a vida no Rio de Janeiro antes da chegada de dom João?
[ 2 ] Que modificações foram feitas na cidade a partir da chegada da família real portuguesa?
[ 3 ] Por que surgiu aos poucos uma pequena classe média?
[ 4 ] O que começaram a fazer as famílias de posses?
[ 5 ] Que novas oportunidades de diversão surgiram para a população?
[ 6 ] Em termos culturais, quais as conseqüências da transferência da família real para o Rio Janeiro?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Texto complementar: O Absolutismo

A palavra absolutismo descreve os governos monárquicos nos quais o poder do __________, por não sofrer grandes limitações ou restrições, é considerado _________________ . Atualmente, essa palavra é utilizada em referência a sistemas de governos que existiram na ________________ entre os séculos XVI e XIX, sobretudo na França e na Inglaterra. Além da concentração de poderes nas mãos do governante, os governos absolutistas foram caracterizados pela existência de uma burocracia e de um exército centralizados. Os mais famosos governos absolutistas foram o de _____________________ na Inglaterra (1509-1547) e o de __________________ na França (1643-1715).
No final da Idade Média, com a expansão do comércio e o crescimento das cidades européias, cada vez mais os monarcas assumiram papel de destaque. Pouco a pouco, o rei deixou de ser apenas mais um entre tantos senhores feudais e passou a centralizar o poder em torno de si, cuidando dos impostos e mantendo um ___________________ encarregado de garantir a segurança da população.
Alguns autores, a partir do século XVI, escreveram algumas obras com teores políticos que ajudaram a fortalecer e justificar o poder dos reis. O primeiro autor moderno a escrever uma obra exclusivamente sobre política foi Nicolau Maquiavel, que o publicou o __________________ em 1513. Segundo Maquiavel o governante “não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades. [...] Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião [...]. o príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve estar pronto para fazer o mal, se necessário”. Na França, os inúmeros conflitos religiosos envolvendo católicos e protestantes podem ter influenciado Jean Bodin, no século XVI, e Jacques Bossuet, no século XVII, a afirmar que o poder do rei deveria ser ____________________. Segundo esses autores, os monarcas seriam representantes de Deus na Terra. Esse conjunto de idéias ficou conhecido como Teoria do ________________ Divino.
Hoje sabemos que o poder dos reis absolutistas na era, de fato, absoluto. Apesar de centralizado e forte, o poder absolutista era limitado pela tradição, pelos costumes, pela Igreja Católica, pelos privilégios da nobreza e por ___________________, que tem a função de fazer as leis e aprovar os atos do governo. 


Aqui vai uma pequena “ colinha ” para ajudar você preencher as lacunas do textoRei; povo; Príncipe; direito; Henrique VIII; exército; castelo; Europa; ilimitado; parlamentos; Luis XIV; limitado; absoluto; burguesia; contrato; Lutero; Brasil; Vasco da Gama; Elizabeth I; João Calvino; República.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Texto complementar: Os Bandeirantes

Você vai ler dois textos de historiadores que apresentam interpretações diferentes sobre os bandeirantes. Leia e depois responda às questões.

         Tão notável se fez a obra dos bandeirantes paulistas que, sem ela, não só o Brasil não seria tão grande em território como a nossa própria história não se teria orientado como se orientou.
(...)
         Os primeiros bandeirantes, portanto, não há dúvidas de que deram provas de grande coragem. E deve notar-se que em regra as bandeiras se compunham de mamelucos e índios mansos. Raramente iam a tais aventuras portugeses reinós. E, pois, aquela casta nova, formada de sangues tão diferentes, se mostrou capaz de grandes façanhas. Conserva-se em nossas tradições uma idéia do tipo do bandeirante: largo chapéu de palha desabado para trás, um ponche às costas e um saco de roupas, a tiracolo o chumbeiro e o polvarinho, ao ombro a espingarda, à cinta o facão; quase sempre barbas e cabelos crescidos: eis a figura daqueles novos cruzados.

POMBO, Rocha. História de São Paulo – Resumo didático. São Paulo Melhoramentos, 1918, p. 71-72, 74-76.
___//___//___

         (...) A historiografia do bandeirismo se apropriou desse elemento [o mestiço], apresentando-o com cores novas: não mais como resultado de ligações ilegítimas, não mais como o fruto da deterioração dos costumes, como era apresentado na denúncia dos padres e bispos do período colonial, mas como um homem novo, nem europeu nem índio e sim a mistura de ambos (o mameluco). Este é pinçado da categoria da escória da sociedade, onde jazia até então, e alçado à condição de herói.
(...)
Ao resgatar o mameluco e transformá-lo num ser de características excepcionais, membro da “raça de gigantes”, a historiografia do bandeirantismo resgata grande parte da população brasileira, composta de vários tipos de mestiços. Além disso, resolvia um impasse que havia atormentado a intelectualidade brasileira do século XIX, que era: como tornar desenvolvido um país povoado por mestiços e que havia sido colonizado por degredados? A miscigenação era transformada de entrave em vantagem. 

VOLPATO, Luiza. Entradas e bandeiras. São Paulo: Global, 1985, p. 17-19 (História popular, II.)

I. Quando os textos foram escritos?
II. Como o autor apresenta os bandeirantes? Que adjetivos e qualificações são atribuídos a eles? Com quem eles são comparados?
III. Qual a origem do heroísmo dos bandeirantes, segundo o autor? Você concorda com esta tese? Por quê
IV. No segundo texto, a autora defende que, a partir do século XIX, a miscigenação, que era antes considerada um entrave, passou a ser uma “vantagem”. Como isso se apresenta?
V. A quem interessava a mudança na interpretação da história brasileira, ao se referir à figura do bandeirante como herói nacional?



Vocabulário:
Reinos: provenientes do reino, ou que defendem os interesses reais.
Chumbeiro e polvarinho: lugares onde se colocavam, respectivamente, o chumbo e a pólvora usados nas armas de fogo.
Degredados: condenados europeus que vinham cumprir pena como colonos na América. 

sábado, 3 de dezembro de 2011

Texto complementar: O ciclo do ouro

A época do ouro
         Com a descoberta de metais preciosos pelos bandeirantes, iniciou-se no Brasil um novo ciclo econômico: a mineração ou ciclo do ouro, que no século XVIII provocou grandes mudanças na colônia e na política da metrópole.
A exploração do ouro ocorria de duas formas:
· Faisqueiras: pequenas extrações realizadas por uma pessoa apenas ou com um pequeno número de escravos. O ouro era extraído de depósitos superficiais, geralmente nas areias ou nos cascalhos dos rios e riachos. Era o ouro de lavagem.
· Lavras: estabelecimentos maiores onde era usado grande número de escravos. O ouro era extraído das vertentes das colinas, com instrumentos especializados.

O rigor da metrópole

         Para tirar maior proveito da exploração do ouro, a metrópole portuguesa agiu com bastante rigor não só na fiscalização, como também na cobrança dos impostos. Criou um órgão, a Intendência das Minas, para fiscalizar a administração, a distribuição das jazidas e a cobrança dos impostos.

O quinto para a Coroa.

          Portugal cobrava 20% de todo o ouro explorado; era o imposto do quinto. Para evitar -. fraudes e melhor fiscalizar a cobrança desse imposto, Portugal, em 1719, ordenou que fossem instaladas as Casas de Fundição. Os mineradores deveriam levar o ouro para uma Casa de Fundição, onde ele seria fundido em barras e já retirada a parte da Coroa. Era proibida a circulação de ouro em pó ou em pepitas. Quem não cumprisse esse regulamento , poderia ser preso, perder todos os seus bens ou ser degredado.

A descoberta dos diamantes

         Em 1729, foram descobertos diamantes no Arraial do Tijuco (atual Diamantina, em Minas Gerais). A região foi demarcada e isolada, criando-se o Distrito Diamantino.
         A exploração dos diamantes foi dada a homens de posse, que eram obrigados a pagar uma quantia anual fixa a Portugal. Mais tarde, a exploração dos diamantes ficou sob o controle direto da metrópole.

Aumentam os impostos

         Em meados do século XVIII, a mineração atingiu seu apogeu. O imposto do quinto foi fixado em 100 arrobas de ouro por ano, o que equivalia a 1.500 quilos.
         Enquanto a mineração manteve uma alta produção, os impostos eram pagos regularmente. Entretanto, no final do século, a mineração começou a declinar, não pelo esgotamento das jazidas, mas pelas dificuldades técnicas que os mineiros tinham para explorar o ouro de maior profundidade.
         Como a quantidade de ouro explorada era -. menor, os mineradores não conseguiam pagar as cotas estabelecidas. Portugal criou, então, a derrama, que era a cobrança dos impostos atrasados. Essa medida portuguesa provocou um profundo descontentamento, gerando várias revoltas, dentre as quais se destaca a Inconfidência Mineira.




Com base no texto, responda:

I – Quais eram as 2 formas de extração de ouro no Brasil, no século XVIII?

II – A metrópole portuguesa agiu com bastante rigor não só na fiscalização, como também na ___________ _________________. Criou um órgão, a ______________________________, para fiscalizar a administração, a distribuição das jazidas e a __________________________________ .

III – Como se chamava o imposto de 20% de todo o ouro explorado, cobrado por Portugal?

IV – Como ocorria a fiscalização da cobrança dos impostos sobre o ouro?

V – Coloque F para Falso e V para verdadeiro:
a) Além de ouro, também se descobriram jazidas de diamantes no Brasil. (    )
b) A exploração de diamantes foi permitida a toda a população, inclusive escravos.(    )
c) Quando a mineração no Brasil atingiu seu apogeu, o imposto do quinto foi fixado em 1.500 arrobas de ouro por ano. (    )
d) Quando a mineração começou a entrar em crise, muitos colonos ficaram devendo impostos ao governo português. (    )
e) A descoberta de metais preciosos não provou nenhuma mudança na colônia e na política da metrópole.

VI – Para a cobrança de impostos atrasados, Portugal criou a ______________. Essa medida provocou profundo ____________________, gerando várias ________________ , dentre as quais destaca a ____________________.

Texto complementar: A Inconfidência Mineira


As condições internas e externas que levaram à inconfidência Mineira, o primeiro movimento que manifestou com clareza suas intenções de romper os laços coloniais, constituem o assunto do texto que segue.

            Dentre todos os motins, conspirações, revoltas e rebeliões ocorridos no Brasil Colônia, o primeiro a realmente manifestar com clareza suas intenções de romper com os laços coloniais ocorreu em Vila Rica, Minas Gerais, entre 1788 e 1789. Ao contrário de movimentos anteriores, que muitas vezes não passaram de reivindicações parciais, a chamada Inconfidência Mineira pretendia, sobretudo, a Independência do Brasil em relação a Portugal.
            No final do século XVIII, a Capitania de Minas Gerais, a mais rica do Brasil, sentia duramente as restrições e a violência da situação colonial. Durante muitas décadas, o ouro brasileiro havia chegado em grandes quantidades aos cofres portugueses, mas agora este fluxo começava a diminuir. O "quinto", a velha taxação que obrigava os mineradores a entregarem 1/5 de todo o metal extraído para Portugal, já não bastava para satisfazer necessidades da Coroa, e os portugueses queriam mais. Ao mesmo tempo, uma série de restrições econômicas paralisava a vida da Colônia, obrigando-a a viver sem indústrias e a importar tudo o que consumia. O domínio colonial português estrangulava o dia-a-dia dos brasileiros.
No plano internacional, mudanças importantes estavam ocorrendo, novas idéias aplicadas na prática demonstravam que era possível a libertação da dominação colonial, e nas colônias da América muita gente sonhava extirpar de sua terra a violência, a opressão, a injustiça foi nesse contexto que um grupo de brasileiros - quase todos muito ricos e membros da elite de Minas Gerais - planejou um movimento capaz de transformar Brasil na primeira república independente da América do Sul.
            Um personagem vai se destacar ao longo dessa história: o alferes Joaquim José da Silva Xavier, chamado de Tiradentes, que acabaria sendo não só o mais destacado personagem da Inconfidência Mineira, como também um dos mais significativos da História do Brasil.

(Carlos Guilherme Mola. Tiradenfes e a Inconfidência Mineira. São Paulo, Ática, p. 2.)

Questões sobre o texto:
1] O que pretendia a inconfidência Mineira? 
2] Cite as principais condições internas que provocaram a revolta mineira.
3] Por que o contexto internacional favoreceu a inconfidência? 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Download: Projeto Canta Carangola - Brasil 500 anos

A Prefeitura de Carangola, através da Secretaria Municipal de Educação, em comemoração aos 500 anos da chegada dos portugueses no Brasil, realizou o trabalho "Brasil 500 anos - Projeto Canta Carangola", o projeto consistiu na gravação de um cd, o qual trazia as músicas escritas pelos alunos da rede municipal de ensino e cantadas por artistas de Carangola e algumas pelos próprios alunos. Mesmo 11 anos depois da gravação, as músicas permanecem atuais, ou seja, podem muito bem serem utilizadas em sala de aula ou mesmo para apreciação pessoal. Vale a pena baixar o arquivo e conhecer a obra, afinal, o que é bom deve ser divulgado.



Link para download: http://www.megaupload.com/?d=S1F4OBVW

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Banco de Questões: Escravidão no Brasil

1 – Responder às questões com base nas afirmativas a seguir, sobre o movimento abolicionista no Brasil, na segunda metade do século XIX. 
I. A campanha abolicionista reforçava-se pela pressão antiescravista internacional e pelo fato de o Brasil ser o último país independente a manter a escravidão após 1865.
II. O movimento abolicionista tinha a participação de setores agrários não vinculados à escravidão e das camadas médias urbanas: intelectuais, profissionais liberais e estudantes universitários.
III. Importantes setores do abolicionismo viam a necessidade de serem criados meios de integração dos negros à sociedade na condição de trabalhadores assalariados após a abolição. 

Pela análise das afirmativas, conclui-se que:
a)     Apenas a I está correta.
b)     Apenas a III está correta.
c)     Apenas a I e a II estão corretas.
d)     Apenas a II e a III estão corretas.
e)     A I, a II e a III estão corretas.

Resposta: E

2 - O Bill Aberdeem, aprovado pelo Parlamento inglês em 1845, foi: 
a) uma lei que abolia a escravidão nas colônias inglesas do Caribe e da África. 
b) uma lei que autorizava a marinha inglesa a apresar navios negreiros em qualquer parte do oceano. 
c) um tratado pelo qual o governo brasileiro privilegiava a importação de mercadorias britânicas. 
d) uma imposição legal de libertação dos recém-nascidos, filhos de mãe escrava. 
e) uma proibição de importação de produtos brasileiros para que não concorressem com os das colônias antilhanas.

Resposta: B

3  - Em 1997 o Brasil comemorou 150 anos de nascimento de Castro Alves, um poeta baiano, cujos versos simbolizam a luta pela liberdade e contra a escravidão. Com relação à escravidão e à estrutura social no Brasil, é incorreto afirmar que: (05)
a) Houve um processo gradual de abolição da escravidão a partir de 1850 com o fim do tráfico negreiro;
b) A mão-de-obra escrava representava a base de sustentação da economia colonial e também do Império;
c) Havia um grande contingente de homens livres e pobres vivendo sob a dependência dos grandes senhores de terra;
d) A abolição da escravidão foi precedida de medidas restringindo o acesso à terra e ao direito de voto;
e) A abolição da escravidão em maio de 1888 foi precedida de uma ampla discussão na sociedade, bem corno da adoção de medidas no sentido de incorporar os futuros libertos à estrutura econômica, social e política nacional.

Resposta: E

4 - No século XIX, a imigração européia para o Brasil foi um processo ligado:
a) a uma política oficial e deliberada de povoamento, desejosa de fixar contingentes brancos em áreas estratégicas e atendeu grupos de proprietários na obtenção de mão-de-obra.
b) a uma política organizada pelos abolicionistas para substituir paulatinamente a mão-de-obra escrava das regiões cafeeiras e evitar a escravização em novas áreas de povoamento no sul do país.
c) às políticas militares, estabelecidas desde D. João VI, para a ocupação das fronteiras do sul e para a constituição de propriedades de criação de gado destinadas à exportação de charque.
d) à política do Partido Liberal para atrair novos grupos europeus para as áreas agrícolas e implantou um meio alternativo de produção, baseado em minifúndios.

Resposta: A

5 - "O negro não só é o trabalhador dos campos, mas também o mecânico, não só racha a lenha e vai buscar água, mas também, com a habilidade de suas mãos, contribui para fabricar os luxos da vida civilizada. O brasileiro usa-o em todas as ocasiões e de todos os modos possíveis..." (Thomaz Nelson - 1846) Com relação à utilização do trabalho escravo na economia brasileira do século XIX, é correto afirmar:
a) com a independência de 1822, a sociedade escravista se modificou profundamente, abrindo espaços para uma produção industrial voltada para o mercado interno.
b) a utilização do negro africano na economia colonial brasileira gerou um grande conflito entre os vários proprietários de terras que mantinham o monopólio de utilização do braço indígena.
c) devido a sua indolência e incapacidade física, o índio brasileiro não se adaptou ao trabalho escravo.
d) a utilização de ferramentas e máquinas foi muito restrita na sociedade escravista; com isso, o escravo negro foi o elemento principal de toda a atividade produtiva colonial.
e) a abolição da escravidão, em 1888, deve-se principalmente à resistência dos escravos nos quilombos e às idéias abolicionistas dos setores mercantis.

Resposta: D

6 - As Leis Abolicionistas, a partir de 1850, podem ser consideradas como o nível político da crise geral da escravidão no Brasil, porque:
a) a Lei Eusébio de Queiroz (1850) proibiu o tráfico quando a necessidade de escravos já era declinante, face à crise da lavoura.
b) o sucesso das experiências de parceria acelerou a emancipação dos escravos, crescendo um mercado de mão-de-obra livre no país.
c) a Lei do Ventre Livre (1871) representou uma vitória expressiva do movimento abolicionista, tornando irreversível o fim da escravidão.
d) as sucessivas leis emancipacionistas foram paralelas à progressiva substituição do trabalho escravo por homens livres.
e) a Lei Áurea, iniciativa da própria Coroa, visava a garantir a estabilidade e o apoio dos setores rurais ao Império.
Resposta: D

7 - A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana entre outros motivos, devido:
a) ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos.
b) à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios.
c) à completa incapacidade dos índios para o trabalho.
d) aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa.
e) ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho.

Resposta: D

8 – A Lei Bill Aberdeen, aprovada pelo parlamento da Inglaterra em 1845, estabelecia:
a) direito de apresamento dos navios negreiros.
b) extinção da escravidão no Império Britânico.
c) abolição da discriminação racial.
d) Intervenção nos países escravocratas.

Resposta: A

9 - O Segundo Reinado, preso ao seu contexto histórico, não foi capaz de dar resposta às novas exigências de mudanças. Quando se analisa a desagregação da ordem monárquica imperial brasileira, percebe-se que ela se relacionou principalmente com a:
a) estrutura federativa vigente e a conspiração tutelada pelo exército.
b) bandeira do socialismo levantada pelos positivistas.
c) eliminação da discriminação entre brancos e negros.
d) forte diferenciação ideológica entre os partidos políticos.
e) abolição da escravidão e o desinteresse das elites agrárias com a sorte do Trono.

Resposta: A

sábado, 24 de setembro de 2011

Banco de Questões: Brasil República

01. (UEL-PR) O populismo no Brasil, do ponto de vista da camada dirigente, pode ser caracterizado como
a)     o estabelecimento de alianças entre os operários e camponeses no plano de representação política urbana e rural.
b)     a forma assumida pelo Estado para dar conta dos anseias populares e, simultaneamente, elaborar mecanismos de seu controle.
c)      uma política de clientelismo em que o coronel monopoliza a liderança política regional.
d)     um movimento de representatividade das elites intelectuais locais.
e)     o compadrismo entre os partidos políticos que buscavam estabelecer coligações.

02. (UEL-PR) Em sua fase inicial, associada à substituição das importações, a industrialização brasileira ressentiu-se principalmente
a)     da falta de iniciativa estatal, uma vez que o Estado tinha interesse em manter a agroexportação do café.
b)     das dificuldades provocadas pela Grande Guerra que impossibilitavam a produção de bens, antes importados.
c)      da conjuntura internacional desfavorável, pois as grandes potências econômicas procuravam manter o monopólio industrial.,
d)     da ausência de uma integração em nível de América Latina.
e)     da falta de integração do território, reflexo de uma organização espacial ligada à exportação de bens primários.

03. (Fuvest-SP) "(...) é fenômeno das regiões atingidas pela intensificação do processo de urbanização. Estabelece suas raízes mais fortes em São Paulo, região de mais intenso desenvolvimento industrial no país (...) é, no essencial, a exaltação do poder público; é o próprio Estado colocando-se através do líder, em contato direto com os indivíduos reunidos na massa. (...) A massa se volta para o Estado e espera dele o sol ou a chuva, ou seja, entrega-se de mãos atadas aos interesses dominantes."

Este texto de F. Weffort
a)     faz considerações sobre o coronelismo no Brasil.
b)     caracteriza a política brasileira pós-64.
c)      descreve uma forma de dominação política que emergiu com a revolução constitucionalista de 1932.
d)     caracteriza a forma de poder oligárquico na República Velha.
e)     trata do populismo no Brasil.

04. (UFMG) "Já não somos um país exclusivamente agrário. Não vamos continuar esmagados pelo peso das compras de produtos industriais no exterior! Ferro, carvão e petróleo são a base da emancipação econômica de qualquer país. Produziremos tudo isso e muito mais."
(Getúlio Vargas)

Assinale a alternativa que define esse projeto desenvolvido no Brasil e em vários outros países.
a)     Desigualdades de origens geográficas e históricas que levaram, muitas vezes, os países menos favorecidos a proteger suas economias e a adotar o modelo de substituição de importações.
b)     Estratégia utilizada pelas burguesias nacionais, em ascensão nos países periféricos, para viabilizar a tomada do poder político e a conseqüente queda das oligarquias latifundiárias.
c)      Necessidade de superar o passado agroexportador a qual culminou com a elevação do parque industrial de algumas economias do Terceiro Mundo aos padrões dos países centrais do sistema capitalista.
d)     Solução encontrada pelos países em desenvolvimento para impedir que a expansão do imperialismo atingisse suas atividades econômicas e implantasse a divisão internacional do trabalho em moldes ainda coloniais.

05. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que apresenta uma característica do quadro partidário brasileiro, entre 1945 e 1964.
a)     Todos os partidos surgidos ao final do Estado Novo representavam as forças de oposição à ditadura.
b)     A UDN (União Democrática Nacional), principal força de oposição a Getúlio Vargas, foi a grande vencedora nas eleições nacionais do período.
c)      A permanente e radical oposição entre PSD (Partido Social Democrático) e PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) pode ser associada à oposição rural-urbano.
d)     Os maiores partidos políticos (PSD, UDN e PTB) eram organizações criadas a partir de cúpulas tendo limitadas bases populares.
e)     Os partidos do período eram instituições fortemente marcadas por práticas democráticas e rigor doutrinário.

06. (UFMG) No Nordeste do Brasil, desde 1955, a luta pela terra assumiu a importância de luta política. Nesse ano surgiu, no município de Vitória de Santo Antão, a Sociedade Agrícola e Pecuária dos Plantadores, mais tarde denominada Ligas Camponesas. As Ligas Camponesas constituíram, sob a liderança de Francisco Julião, o centro de mobilização popular no campo.
Buscando solucionar o problema agrário, o governo João Goulart tomou, a partir de 1963, algumas medidas concretas.
1) Apresente uma das medidas adotadas pelo governo João Goulart que visava amenizar o problema agrário no Brasil.
2) Cite duas dificuldades encontradas pelo governo na implantação dessas medidas.
3) Apresente a posição das Ligas Camponesas quanto às medidas adotadas pelo governo João Goulart para resolver o problema agrário no Brasil.

07. (Cesgranrio-RJ) A eleição, em 1950, de Getúlio Vargas para um novo mandato presidencial apresentou um dos momentos mais representativos do chamado "Estado populista", porque Vargas:
a)     fora eleito com o apoio do grande capital conservador, interessado em conter o avanço das cama- das populares e a entrada de capital estrangeiro.
b)     inverteu a política econômica que vinha sendo seguida pelo governo Dutra, liberando as importações e a remessa de lucros pelas empresas estrangeiras.
c)      buscava apoio das massas populares para os seus programas econômicos, através das suas ligações com o movimento trabalhista.
d)     esvaziou, em definitivo, o partido que lhe fazia oposição desde o Estado Novo, ao derrotar o candidato da UDN.
e)     foi beneficiário do clima de conciliação nacional, reunindo todas as forças políticas, aterrorizadas pela Guerra Fria.

08. (FGV-SP) "No plano da política partidária, o acordo entre o PSD e o PTB garantiu o apoio aos principais projetos do governo Juscelino Kubitschek no Congresso."
O traço comum que aproximava os dois partidos era:
a)     A preocupação dominante com a sorte das camadas médias urbanas, articuladas em torno dos sindicatos de serviços e de funcionários autônomos.
b)     O getulismo do PSD (setores dominantes no campo, a burocracia governamental e setores da burocracia industrial e comercial) e o getulismo do PTB (burocracia sindical e do Ministério do Trabalho, a burguesia industrial nacionalista e a maioria dos trabalhadores urbanos organizados).
c)      O autoritarismo esclarecido do PTB (organizando as massas urbanas dos pequenos e médios centros do país) e o despotismo do PSD (criando as condições básicas para a sobrevivência de pequenos sindicatos).
d)     A atuação junto aos setores despossuídos (os chamados "marmiteiros") das grandes metrópoles, que sempre atuaram no sentido de alcançar uma melhor situação de vida.
e)     A defesa incondicional da instrução 113 da Sumoc (Superintendência da Moeda e do Crédito), que, ao propiciar uma fuga de capitais estrangeiros do país, permitia que o capital industrial nacional encontrasse condições para a sua ampliação.

09. (PUC-SP) O governo JK (1956-1960) – com o slogan “50 anos em 5" – adotou estratégias e políticas que tinham como objetivo central expandir a economia brasileira. Considerando seu aprendizado sobre esse período de nossa história, indique e comente duas características do processo de desenvolvimento econômico naquele período.

10. (Cesgranrio-RJ) A renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, pode ser associada a conjuntos de problemas, dentre os quais se destaca a(o):
a)     resistência do presidente em adotar uma forma autoritária de governo, defendida pela oposição e pelos militares.
b)     reação dos setores conservadores contra a política externa independente, principalmente após a condecoração do líder revolucionário cubano Che Guevara.
c)      crescente oposição popular, liderada pelo PTB, contrária ao controle da UDN e, em especial, à ascendência de Carlos Lacerda no governo.
d)     rompimento com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o lançamento de uma política de integração americana, a OPA (Operação Pan-Americana), em contraponto à Aliança para o Progresso.
e)     apoio de Jânio Quadros ao projeto do vice-presidente João Goulart de conferir aos sindicatos crescente papel no governo.

11. (Cesgranrio-RJ) O desenvolvimento foi um dos elementos de maior importância nos debates políticos e intelectuais ocorridos no Brasil, a partir da década de 40, sendo também a preocupação das políticas governamentais do período.
Assinale a opção que não expressa uma política governamental do período.
a)     O segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954) imprimiu um caráter nacional ao desenvolvimentismo com restrições ao capital estrangeiro e criação de empresas estatais.
b)     Os "50 anos em 5", slogan do programa de Metas de JK, caracterizado por um rápido crescimento industrial, foi facilitado pela atração de capitais estrangeiros.
c)      A política desenvolvimentista, em todas as suas etapas, foi acompanhada por crescente interferência do Estado no domínio econômico através da formulação de planos, criação de agências de financiamento e de empresas estatais.
d)     A abertura da economia brasileira ao capital estrangeiro, a partir do Estado Novo, com a participação dos Estados Unidos no desenvolvimento da siderurgia, foi o principal fator de estímulo ao desenvolvimento brasileiro.
e)     As empresas estatais de grande porte criadas no período, como a Vale do Rio Doce, a Petrobrás e a Eletrobrás, colocavam sob o controle do governo setores de base considerados estratégicos, que exigiam vultosos investimentos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Banco de Questões: Brasil Império

01. (Cesgranrio) Os movimentos de rebelião colonial e o processo de emancipação política do Brasil estão ligados às transformações do mundo ocidental no final do século XVIII. Assim, está carreto afirmar que:
a)     o desenvolvimento industrial reforçou o pacto colonial, como instrumento de reserva de mercado.
b)     a Ilustração promoveu expressiva modernização econômica da colônia e o reforço da religiosidade expressa no Barroco.
c)      a emancipação política, no caso brasileiro, marcou a definitiva separação entre portugueses, agentes da metrópole e colonos brasileiros.
d)     as reações contra o domínio metropolitano foram movimentos autóctones das elites coloniais, não se ligando ao processo geral da crise do Antigo Regime.
e)     as rebeliões coloniais foram influenciadas pelo pensamento liberal, apesar das diferenças entre as áreas coloniais e a Europa.

02. (UFRJ) "(...) o povo nada ganhou absolutamente com a mudança operada. A maioria dos franceses lucrou com a Revolução que suprimiu privilégios e direitos auferidos por uma casta favorecida. Aqui, lei alguma consagrava a desigualdade, todos os abusos eram o resultado do interesse e dos caprichos dos poderosos e dos funcionários. Mas são estes homens que, no Brasil, foram os cabeças da revolução, (...)"

(SAINT-HILAIRE, A. de. Segunda viagem do Rio de Janeiro a Minas Geríeis e São Paulo-1822. In: MATTOS, Ilmar R., ALBUQUERQUE, Luís Affonso S. de. Independência ou morte: a emancipação política do Brasil. São Paulo: Atual, 1991. p. 63-4.)

O processo de ruptura do pacto colonial assumiu dimensão definitiva por ocasião das mudanças ocorridas quando da Era Napoleônica. Os interesses colonialistas sofreram contestações e o ideário da Revolução
Francesa influiu decisivamente nos movimentos políticos ocorridos no interior das colônias americanas. No
Brasil, esse processo reflete-se em ações que resulta-
ram na independência de 1822, precedida de movi-
mentos, como o da Insurreição Pernambucana de 1817,
que visavam ao rompimento com a metrópole.
a) Cite duas razões que contribuíram para a eclosão
da Insurreição Pernambucana de 1817.
b) Justifique o apoio dos grandes proprietários ao
processo de independência no Brasil.

03.  (Cesgranrio) A transferência do governo português para o Brasil, em 1808, teve ligação estreita com o processo de emancipação política da colônia porque:
a)     introduziu as idéias liberais na colônia, incentivando várias rebeliões.
b)     reforçou os laços de dependência e monopólio do sistema colonial, aumentando a insatisfação dos colonos,
c)      incentivou as atividades mercantis, contrariando os interesses da grande lavoura.
d)     instalou no Brasil a estrutura do Estado português, reforçando a unidade e a autonomia da colônia.
e)     favoreceu os comerciantes portugueses, prejudicando os brasileiros e os ingleses ligados ao comércio de importação.

04. (PUC-SP) "(...) todos os brasileiros, e sobretudo os brancos, não percebem suficientemente que O tempo de se fechar a porta aos debates políticos (...). Se se continua a falar dos direitos dos homens, da igualdade, terminar-se-á por pronunciar a palavra fatal. liberdade, palavra terrível e que tem muito mais força num país de escravos que em qualquer outra parte (...)"
(MOTA, C. G. 1822. Dimensões.)

O texto acima, escrito provavelmente por volta de
1823/1824, O parte de uma carta sobre a independência do Brasil, enviada por um observador europeu a D, João VI. Leia com atenção o texto e, a seguir, identifique e comente os limites sociais do processo brasileiro de independência.

05. (Fuvest) A organização do Estado brasileiro que se seguiu à independência resultou do projeto do grupo
a)     liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado.
b)     maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão,
c)      liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembléia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social.
d)     cortesão, que defendia os interesses recoloniza-dores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico.
e)     liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica.

06. (UnB) Leia o texto que se segue.

"A independência do Brasil não resultou em maiores alterações da ordem social e econômica, ou da forma de governo. Exemplo único na história da América Latina, o Brasil ficou sendo uma monarquia entre repúblicas."
(FAUSTO, Boris. História do Brasil.)

Quanto às razões dessa continuidade social e econômica entre a colônia e o império, julgue os itens seguintes.
0) A abertura dos portos por D. João estabeleceu uma ponte entre a Coroa portuguesa e os setores dominantes na colônia.

1) A elite política promotora da independência, embora desejasse rupturas sociais mais profundas, teve de enfrentar a resistência da corte portuguesa,
2) A monarquia transformou-se em um símbolo de
autoridade, nos primeiros anos após a independência, mesmo quando D. Pedro I era contestado.
3) A continuidade foi facilitada pela existência de uma elite política orgânica, com uma base social firme e um projeto claro para a nova nação.

07. (Cesgranrio-) A formação do Estado nacional, no
Brasil, foi marcada por confrontas e períodos de instabilidade. A esse respeito, assinale a opção que expressa corretamente uma etapa da história política do império.
a)     O Ato Adicional de 1834 reafirmou a concepção centralista do império, abalada com a abdicação de D. Pedro l.
b)     O Segundo Reinado, em sua primeira fase (1840- 1850), foi marcado por medidas centralizadoras e pela derrota dos últimos movimentos revolucionários.
c)      A maioridade marcou a derrota do grupo político regressista, na medida em que instituiu o poder absoluto do imperador.
d)     A Conciliação, aliança de liberais e conservadores, garantiu a efetivação do ideário democrático dos primeiros.
e)     As rebeliões provinciais, como a Farroupilha (RS) e a Balaiada (MA), expressaram a reação restauradora das oligarquias contra o liberalismo do governo regencial.

08. (UFMG) Nos textos seguintes, Gilberto Freyre descreve, respectivamente, a rotina de uma senhora de engenho, dona de casa ortodoxamente patriarcal, e a rotina de um novo tipo de mulher, surgida nos meados do século XIX.
"... levantando-se cedo a fim de dar andamento aos serviços, ver se partir a lenha, se fazer o fogo na cozinha, se matar a galinha mais gorda para a canja; a fim de dar ordem ao jantar (...) e dirigir as costuras das mucamas e molecas, que também remendavam, cerziam, remontavam, alinhavavam a roupa da casa, fabricavam sabão, vela, vinho, licor, doce, geléia. Mas tudo devia ser fiscalizado pela iaiá branca, que às vezes não tirava o chicote da mão,"
"... acordando tarde por ter ido ao teatro ou a algum baile; lendo romance; olhando a rua da janela ou da varanda; levando duas horas no toucador (...) outras tantas horas no piano, estudando a lição de música, e ainda outras na lição de francês ou de dança. Muito menos devoção religiosa do que antigamente. O médico de família mais poderoso que o confessor. O teatro seduzindo as senhoras elegantes mais que a igreja. O próprio baile mascarado atraindo senhoras de sobrado."
(FREYRE, Gilberto. Sobrados e mocambos. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1968. t.1, p. 109-10.)

a) Indique três mudanças ocorridas na estrutura socioeconômica do Brasil, na segunda metade do século XIX, que explicam as transformações ocorridas no papel feminino.
b) Descreva a condição da cidadania da mulher no período primário-exportador.

09. (Cesgranrio) A concretização da emancipação política do Brasil, em 1822, foi seguida de divergências entre os diversos setores da sociedade, em torno do projeto constitucional, culminando com o fechamento da Assembléia Constituinte.
Assinale a opção que relaciona corretamente os preceitos da Constituição Imperial com as características da sociedade brasileira.
a)     A autonomia das antigas capitanias atendia aos interesses das oligarquias agrárias.
b)     O poder moderador conferia ao imperador a proeminência sobre os demais poderes.
c)      A abolição do Padroado, por influência liberal, assegurou ampla liberdade religiosa.
d)     A abolição progressiva da escravidão, proposta de José Bonifácio, foi uma das principais razões da oposição ao imperador D. Pedro l.
e)     A introdução do sufrágio universal permitiu a participação política das camadas populares, provocando rebeliões em várias partes do país.

10. (Vunesp) "O quadro político O evidentemente alterado com a nova ordem: quem fazia oposição ao governo se divide em dois grandes grupos – o dos moderados, que estão no poder; os exaltados, que sustentam teses radicais, entre elas a do federalismo, com concessões maiores às Províncias. Outros, deputados, senadores, Conselheiros de Estado, jornalistas... permanecem numa atitude de reserva, de expectativa crítica. Deles, aos poucos surgem os restauradores ou caramurus."
(IGLÉSIAS, Francisco. Brasil, sociedade democrática.) O texto refere-se à nova ordem decorrente
a)     da elaboração da Constituição de 1824.
b)     do golpe da maioridade.
c)      da renúncia de Feijó.
d)     da abdicação de D. Pedro I.
e)     das revoluções liberais de 1824.

11. (Mackenzie-SP) “O certo é que, se os marcos cronológicos com que os historiadores assinalam a evolução social e política dos povos não se estribassem unicamente nos caracteres externos e formais dos fatos, mas refletissem a sua significação íntima, a independência do Brasil seria antedatada de catorze anos...” (Caio Prado Júnior. Evolução política do Brasil.)

O fato histórico mencionado no texto e que praticamente anulou nossa situação colonial foi:
a) criação do ensino superior;
b) alvará de liberdade industrial;
c) tratado de 1810 com a Inglaterra;
d) abertura dos portos;
e) elevação do Brasil a Reino Unido.

12. (Fuvest) “As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, ferragens de Birmigham podem ser obtidos nas lojas do Brasil a um preço um pouco mais alto do que em nossa terra.”
Essa descrição das lojas do Rio de Janeiro foi feita por Mary Graham, uma inglesa que veio ao Brasil em 1821.
a) Como se explica a grande quantidade de produtos ingleses à venda no Brasil desde 1808, e sobretudo depois de 1810?
b) Quais os privilégios que os produtos ingleses tinham nas alfândegas brasileiras?

13. (UFSM-RS) Em novembro de 1823, D. Pedro I fechou a Assembléia Constituinte. Em março do ano seguinte, outorgou uma Carta Constitucional à nação. Os liberais protestaram devido ao fato de o imperador haver:
a)     desconsiderado o problema da escravidão;
b)     desrespeitado a representação dos cidadãos, na figura dos deputados constituintes;
c)      assegurado a representação política e a necessidade do diálogo entre as forças políticas da nação;
d)     negado a tradição absolutista e o centralismo do Estado imperial;
e)     respeitado a autonomia dos grupos dominantes nas diversas províncias do Império.

14. (Vunesp) “Brasileiros! Salta aos olhos a (...) perfídia, são patentes os reiterados perjuros do imperador, e está conhecida a nossa ilusão ou engano em adotarmos um sistema de governo defeituoso em sua origem e mais defeituoso ainda em suas partes componentes. As constituições, as leis e todas as instituições humanas são feitas para os povos e não os povos para elas. Eia, pois, brasileiros, tratemos de constituir-nos de um modo análogo às luzes do século em que vivemos (...), desprezemos as instituições oligárquicas, só cabidas na encanecida Europa." (Manifesto dos revolucionários da Confederação do Equador, 1824.)

Com base no texto indique;
a) o tipo de governo qualificado como “defeituoso";
b) o sistema de governo proposto pelos revoltosos.

15. (Fuvest) “... a carne, o couro, o sebo, a graxa, além de pagarem nas Alfândegas do país o duplo dízimo de que se propuseram aliviar-nos, exigiam mais quinze por cento em qualquer dos portos do Império. Imprudentes legisladores nos puseram desde esse momento na linha dos povos estrangeiros, desnacionalizaram a nossa Província e de fato a separaram da Comunidade Brasileira."

O texto acima refere-se:
a)     ao problema dos altos impostos que recaíam sobre produtos do Maranhão, e que ocasionaram a Balaiada;
b)     aos fatores econômicos que motivaram a Revolução Farroupilha, iniciada durante o Período Regencial;
c)      às implicações econômicas do movimento de independência da Província Cisplatina;
d)     às dificuldades econômicas do Nordeste, que justificaram a eclosão da Confederação do Equador;
e)     aos problemas econômicos do Pará, que deram origem à Cabanagem.

16. (Unicamp) "Dois partidos lutam hoje em nossa pátria: o Restaurador e o Moderado. O primeiro foi leal ao monarca que abdicou e defende os inquestionáveis direitos do Sr. Pedro II. O segundo é partidário do sistema republicano e quer reduzir o Brasil a inúmeras repúblicas ‘fracas' e ‘pequenas’, e assim seus membros poderiam tornar-se seus futuros ditadores." (Adaptado do jornal O Caramuru de 12 de abril de 1832. Citado por Arnaldo Contier. Imprensa e ideologia em São Paulo.)

A partir do texto, responda:
a) Em que período da história política do Brasil o texto foi escrito?
b) Qual o regime político defendido pelos partidos citados no texto?
 c) Quais são as críticas que o jornal O Caramuru faz ao Partido Moderado?